O cachecol ficou com ele. E, de alguma forma, isso doÃa ainda mais nela. Saber que estava lá, nas mãos dele, no espaço dele, era como se uma parte dela tivesse ficado também.
Ela não sabia se ele ainda usava o cachecol ou se o havia deixado esquecido em algum canto. Mas só de imaginar, sentia o peso do que aquilo significava. Aquele cachecol carregava mais do que calor; carregava lembranças. Cada fio daquele tecido guardava as risadas que haviam dado juntos, os momentos em que o mundo parecia simples e até os silêncios que começavam a afastá-los.